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“Tenho sido nesta Fundação um simples instrumento nas mãos de Deus.” Pe. Júlio Maria
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As sandálias de Maria

Este texto convida o leitor a uma profunda reflexão espiritual sobre a jornada da fé. Inspirado na figura de Maria e no símbolo de suas sandálias gastas, ele nos conduz a uma peregrinação interior, em que cada passo é marcado por serviço, escuta e esperança. As “sandálias de Maria” representam o discipulado ativo, o amor em movimento e a presença fiel de Deus nas travessias da vida.

1. O chamado à travessia

Desde o princípio da Criação, Deus procura o ser humano – nas alegrias e nas dores, nas noites de solidão e nos caminhos da indiferença. Ele nos convida constantemente à travessia: sair da zona de conforto, abandonar o medo e redescobrir o sentido da fé. Assim como Abraão, Moisés e Maria, somos chamados a peregrinar, confiando no Deus que guia nossos passos.

2. As sandálias gastas de Maria

As sandálias de Maria são símbolo de caminho, serviço e entrega. Com elas, Maria caminhou pelas estradas da vida, enfrentou o desconhecido, acolheu o mistério e manteve viva a esperança. Essas sandálias nos recordam que o discipulado cristão é feito de passos firmes, silenciosos e amorosos – passos que conduzem ao encontro com Deus.

3. O silêncio que fecunda o coração

Para ouvir a voz de Deus, é preciso calçar as sandálias do silêncio. Maria ensina que o verdadeiro caminho de fé nasce na escuta interior, na quietude e na contemplação. O silêncio é a terra fértil onde a Palavra de Deus ganha corpo e se torna presença transformadora.

4. O serviço e o perfume da fé

As sandálias de Maria também são símbolo de serviço. Elas nos conduzem ao encontro do outro, à compaixão e à generosidade. Como Maria que serve Isabel, somos chamados a uma fé ativa e comprometida, capaz de transformar o cotidiano em missão. Como o perfume derramado que enche a casa, a fé vivida com amor exala presença divina.

5. Travessia, perdão e resiliência

As sandálias gastas de Maria também caminham pelas sendas do perdão e da resiliência. São sandálias que conhecem o peso do sofrimento, as lágrimas do Calvário e o brilho da ressurreição. Com elas, aprendemos que toda travessia, mesmo dolorosa, conduz à vida nova – à certeza de que o amor é mais forte que a morte.

6. Maria, peregrina da esperança

Maria, peregrina incansável, continua a nos inspirar. Suas sandálias gastas nos convidam a acreditar novamente, a recomeçar, a caminhar com fé mesmo quando o caminho parece árido. Ela nos ensina que a esperança é uma forma de resistência espiritual – o gesto de confiar quando tudo parece incerto.

Nas sendas da esperança

Calçar as sandálias de Maria é acolher o chamado à fé viva e encarnada. É caminhar com coragem, servir com ternura e manter o coração aberto ao novo de Deus. Que, nas travessias da vida, possamos manter nossos passos firmes e nossos olhos voltados para a Esperança que não decepciona.

Inspire-se com Maria e compartilhe esta reflexão. Caminhe também pelas sendas da esperança e leve adiante o perfume do serviço e da fé.



Artigo inspirado no texto “As sandálias de Maria, nas sendas da esperança”, de autoria da Irmã Maria do Disterro Rocha Santos, FCIM, por ocasião da 27ª Assembleia Eletiva da CRB Nacional, em Brasília, em 11 de julho de 2025. Para ler o original, acesse aqui .

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